Cíntia Tavares
A educação é a solução
para os problemas do país. Esta é uma afirmação antiga e de muitos pensadores,
professores e políticos. Sim, os integrantes desta última classe certamente
sabem que o ensino ou a ausência dele, são predominantes quando nos referimos
ao crescimento educacional do Brasil. Mas, na prática, o que é feito para que
os belos projetos e conceitos apresentados sejam verdadeiramente aplicados?
Sinto-lhe dizer, caro leitor, que o investimento neste setor, é vergonhoso.
Dados do jornal O
Estado de São Paulo no último dia 24 de abril, relatam que as escolas perderam
cerca de 10 mil alunos nos anos de 2009 e 2010; os professores questionam a
falta de estrutura, já os governantes, bom, os governantes esperam melhor
desempenho do profissional que recebe “zero” preparação e motivação, além de um
reajuste salarial de 5,91% salarial.
O cenário atual do
ensino público no país é como o de um paciente que encontra-se em falência de
órgãos, prisioneira de um governo que não defende a causa da educação, dia a
dia, ela perde seus instintos vitais. A falta de estímulo acaba por alcançar
professores e alunos, o que resulta no esquecimento da essência do que é
realmente a educação. Aquela em que o professor desempenha suas funções
comprometido com o futuro do país, sabendo que a cada criança alfabetizada
reacende a chama da esperança de um país que atua nos mais diversos campos do
ensino. Um país, que não apenas na poesia, mas em sua história registrará o
fato de ser multicolorido, coberto de experiências e gerador de grandes
influências mundiais.
Talvez, num momento em
que os valores que cercam a educação e o investimento no futuro deste país se
perdem, consigamos com a nossa eterna e enraizada coragem cantar “Brasil, mostra
a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim. Brasil, qual é o teu
negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim...” de Cazuza.
Que “cara” eu quero
para o Brasil? A “cara” de uma grande gente que tem na face os anseios e as
trilhas de uma história que ainda caminha, ou pelo menos deseja caminhar pela
educação.
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