domingo, 5 de agosto de 2012

Que “cara” tem o seu Brasil?



Cíntia Tavares

A educação é a solução para os problemas do país. Esta é uma afirmação antiga e de muitos pensadores, professores e políticos. Sim, os integrantes desta última classe certamente sabem que o ensino ou a ausência dele, são predominantes quando nos referimos ao crescimento educacional do Brasil. Mas, na prática, o que é feito para que os belos projetos e conceitos apresentados sejam verdadeiramente aplicados? Sinto-lhe dizer, caro leitor, que o investimento neste setor, é vergonhoso.

Dados do jornal O Estado de São Paulo no último dia 24 de abril, relatam que as escolas perderam cerca de 10 mil alunos nos anos de 2009 e 2010; os professores questionam a falta de estrutura, já os governantes, bom, os governantes esperam melhor desempenho do profissional que recebe “zero” preparação e motivação, além de um reajuste salarial de 5,91% salarial.

O cenário atual do ensino público no país é como o de um paciente que encontra-se em falência de órgãos, prisioneira de um governo que não defende a causa da educação, dia a dia, ela perde seus instintos vitais. A falta de estímulo acaba por alcançar professores e alunos, o que resulta no esquecimento da essência do que é realmente a educação. Aquela em que o professor desempenha suas funções comprometido com o futuro do país, sabendo que a cada criança alfabetizada reacende a chama da esperança de um país que atua nos mais diversos campos do ensino. Um país, que não apenas na poesia, mas em sua história registrará o fato de ser multicolorido, coberto de experiências e gerador de grandes influências mundiais.

Talvez, num momento em que os valores que cercam a educação e o investimento no futuro deste país se perdem, consigamos com a nossa eterna e enraizada coragem cantar “Brasil, mostra a tua cara, quero ver quem paga pra gente ficar assim. Brasil, qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim...” de Cazuza.

Que “cara” eu quero para o Brasil? A “cara” de uma grande gente que tem na face os anseios e as trilhas de uma história que ainda caminha, ou pelo menos deseja caminhar pela educação. 

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